Eu já cheguei de à cavalo, pra bailanta e pra rodeio
e já tive muito ventana, bufando embaixo do arreio
o azar corto de espora e na sorte não boto freio
já fui maleva e arteiro, peleador e bochincheiro
mas agora sou gaiteiro, só namoro e não peleio.
Já peguei alguma fama, quem me escuta, me conhece
quando me agrada dos trocos logo o fandango acontece
só pra bombear o meu jeito, o chinaredo aparece
o povo me dá carinho e eu não sei viver sozinho
o patrão paga certinho e o gaiteiro agradece.
Já encrenquei co'a china véia,
que por outro quase se escapa
a famÃlia se "invorveu",
tão querendo me dá uns tapa
pousei três noites no mato enrolado na minha capa
me "descurpe" o exagero, quero o amor por inteiro
sou bonito e sou gaiteiro, não me contento co'a rapa |