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Esta é dos tempos do Ali Babá.
Havia, no longínquo Oriente, um imperador dados a acessos, ora de bondade, ora das mais terríveis e ferozes cóleras.
Em noites de festa na corte, o imperador chamava a sua orquestra e mandava tocar as mais inebriantes e sensuais músicas daqueles tempos.
Quando sua majestade achava que os seus músicos tinha executado as partituras a contento, mandava vir o tesoureiro e ordenava que cada músico tivesse o seu instrumento cheio de moedas de ouro.
Era uma festa. O trombone, com aquele imenso bocal, recebia uma fortuna.
O bumbo, colocado na horizontal, transformava-se num passaporte para felicidade.
E assim com todos, exceto um: o flautim.
Nem uma moeda cabia nos orifícios do instrumento!
Mas havia noites em que, irado, o tirano acusava a orquestra de ter tocado de maneira horrível ea sentença vinha cruel:
- Chamem o carrasco!
Ordeno que cada um desses miseráveis tenha o seu instrumento enfiado no cú!
E lá vinha o carrasco.
Quando tentava, porém, cumprir a ordem, defrontava-se com problemas.
Era impossível fazer penetrar o trombone naquele lugar que o imperador determinara;
o mesmo com o bumbo e com quase todos os músicos que, assim, saíam ilesos...
Exceto um. Quando chegava a vez do flautim... era ele o único em que tal tormento funcionava! |
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